Copom deve elevar Selic para 14,75% nesta quarta-feira, atingindo o maior nível desde 2006
7 de mai. de 2025

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, para definir a nova taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado é de um aumento de 0,5 ponto percentual, elevando a taxa de 14,25% para 14,75% ao ano. Se confirmada, esta será a sexta alta consecutiva e colocará a Selic no maior patamar desde agosto de 2006, quando estava em 14,75% .
Contexto econômico
A decisão ocorre em meio a um cenário de inflação persistente, especialmente nos preços de alimentos e energia. Segundo o Boletim Focus, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 é de 5,53%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% .
Além disso, há incertezas no cenário internacional, como a política tarifária dos Estados Unidos, que podem impactar a economia global e, consequentemente, a brasileira. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, também anunciará sua decisão sobre a taxa de juros nesta quarta-feira, o que aumenta a atenção dos mercados .
Perspectivas futuras
Analistas consultados pelo BC esperam que, após a alta desta quarta-feira, o Copom possa realizar mais um aumento de 0,25 ponto percentual em junho, levando a Selic a 15% ao ano. No entanto, há expectativas de que o ciclo de aperto monetário esteja próximo do fim, com possíveis cortes na taxa a partir do segundo semestre, caso a inflação mostre sinais de desaceleração .
O comunicado do Copom, que será divulgado junto com a decisão, será fundamental para entender os próximos passos da política monetária brasileira. O mercado estará atento às sinalizações sobre a continuidade ou não do ciclo de altas e às avaliações do BC sobre o cenário econômico.
A provável elevação da Selic para 14,75% reflete os esforços do Banco Central em controlar a inflação, mesmo diante de um cenário de crescimento econômico moderado e incertezas externas. A decisão desta quarta-feira será crucial para definir os rumos da política monetária nos próximos meses e terá impactos significativos sobre o crédito, o consumo e os investimentos no país.